Medo de falência leva Hopi Hari à recuperação judicial
O Hopi Hari, um dos únicos parques temáticos que sobrevivem em São Paulo, entrou com pedido de recuperação judicial. A solicitação foi feita ontem (24) na 2ª Vara de Justiça de Vinhedo confirmando, assim, os boatos de crise. Está
O Hopi Hari, um dos principais parques temáticos do Estado de São Paulo, entrou com pedido de recuperação judicial. A solicitação foi feita ontem (24) na 2ª Vara de Justiça de Vinhedo confirmando, assim, os boatos de crise. Esta é a última cartada do grupo para evitar a falência do empreendimento e pagar a dívida de R$ 330 milhões a partir de novos investidores.
Em nota oficial, a administração do parque informou que a iniciativa pretende “reestruturar os termos e condições dos passivos da companhia de forma ampla, e ainda, de formalizar uma linha de financiamento de longo prazo”. Por ora, as portas do Hopi Hari estão fechadas para a preparação da temporada “Hora do Horror”, que celebra o Dia Das Bruxas, e deve reabrir no feriado de 7 de setembro. O evento está marcado para acontecer entre 21 de setembro e 4 de dezembro.
A recuperação judicial foi a única saída encontrada para ter acesso às linhas de crédito e adiar o possível decreto de falência. Essa foi a explicação dada pelo advogado do parque, Daltro Borges, que afirmou que pelo menos 50% da dívida do local é com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
PRÓXIMOS PASSOS
Em breve, o juiz da 2ª Vara de Vinhedo, município em que o Hopi Hari está instalado, vai abrir o processo e solicitar que o Hopi Hari elabore um plano de recuperação judicial no prazo de 60 dias. Na sequência, o plano deverá ser apresentado ao principal credor do parque, ou seja, o BNDES. Vale destacar que o processo não avançará se o banco não aprovar a proposta do grupo.
“Nós não vamos levar 60 dias para elaborar esse plano porque ele já está feito. Nós temos possíveis investidores que estão dispostos a aplicar dinheiro no parque, mas isso só será viabilizado caso esse processo de recuperação judicial seja autorizado”, esclareceu Borges. “O pedido de recuperação é a garantia que o investidor tem de que não vai perder o dinheiro para ele poder assumir o passivo que o parque tem”, completou.
NOVA ADMINISTRAÇÃO
Caso o processo de recuperação judicial seja aprovado, a administração do Hopi Hari deverá ser repassada aos novos investidores, de acordo com o advogado. A decisão, que deve entrar em vigor no próximo ano, foi tomada para o grupo iniciar um projeto de reformulação.
A situação de falência, no entanto, ainda não está descartada. “Se não houver recuperação judicial, o caminho é a falência. Mas já existem negociações com mais de um investidor que quer reestruturar o parque”, cravou. “Nós temos um processo de reestruturação e temos empresas dispostas a investir nisso e assumir a dívida, mas para isso a recuperação judicial tem que acontecer.”
GREVE
Neste mês, os colaboradores do parque deixaram de trabalhar em duas ocasiões alegando falta de pagamento. Na ocasião, os visitantes não puderam entrar no parque e a empresa usou uma suposta manutenção como justificativa.
Em nota oficial, a administração do parque informou que a iniciativa pretende “reestruturar os termos e condições dos passivos da companhia de forma ampla, e ainda, de formalizar uma linha de financiamento de longo prazo”. Por ora, as portas do Hopi Hari estão fechadas para a preparação da temporada “Hora do Horror”, que celebra o Dia Das Bruxas, e deve reabrir no feriado de 7 de setembro. O evento está marcado para acontecer entre 21 de setembro e 4 de dezembro.
A recuperação judicial foi a única saída encontrada para ter acesso às linhas de crédito e adiar o possível decreto de falência. Essa foi a explicação dada pelo advogado do parque, Daltro Borges, que afirmou que pelo menos 50% da dívida do local é com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
PRÓXIMOS PASSOS
Em breve, o juiz da 2ª Vara de Vinhedo, município em que o Hopi Hari está instalado, vai abrir o processo e solicitar que o Hopi Hari elabore um plano de recuperação judicial no prazo de 60 dias. Na sequência, o plano deverá ser apresentado ao principal credor do parque, ou seja, o BNDES. Vale destacar que o processo não avançará se o banco não aprovar a proposta do grupo.
“Nós não vamos levar 60 dias para elaborar esse plano porque ele já está feito. Nós temos possíveis investidores que estão dispostos a aplicar dinheiro no parque, mas isso só será viabilizado caso esse processo de recuperação judicial seja autorizado”, esclareceu Borges. “O pedido de recuperação é a garantia que o investidor tem de que não vai perder o dinheiro para ele poder assumir o passivo que o parque tem”, completou.
NOVA ADMINISTRAÇÃO
Caso o processo de recuperação judicial seja aprovado, a administração do Hopi Hari deverá ser repassada aos novos investidores, de acordo com o advogado. A decisão, que deve entrar em vigor no próximo ano, foi tomada para o grupo iniciar um projeto de reformulação.
A situação de falência, no entanto, ainda não está descartada. “Se não houver recuperação judicial, o caminho é a falência. Mas já existem negociações com mais de um investidor que quer reestruturar o parque”, cravou. “Nós temos um processo de reestruturação e temos empresas dispostas a investir nisso e assumir a dívida, mas para isso a recuperação judicial tem que acontecer.”
GREVE
Neste mês, os colaboradores do parque deixaram de trabalhar em duas ocasiões alegando falta de pagamento. Na ocasião, os visitantes não puderam entrar no parque e a empresa usou uma suposta manutenção como justificativa.
*Fonte: G1