AM Resorts desiste de hotéis no Brasil e foca no Caribe

Em seus 15 anos de mercado, a AM Resorts, representada pela Imaginadora, celebra com a promessa de chegar a 60 hotéis em 2018. Com 42 empreendimentos em operação, a rede até pensou em expandir seus negócios e se instalar no Brasil. Mas as conversas sequer foram iniciadas.

Em entrevista ao Portal PANROTAS, o gerente da AM Resorts no Brasil, Ney Neves, revelou a ideia de construir um hotel na costa do Rio de Janeiro, mas o agravamento da crise econômica, segundo ele, impediu o andamento do processo em poucos meses

“Pensamos que o Brasil tem um potencial de consumo interno muito grande pelo seu tamanho e 205 milhões de habitantes. Acreditamos que temos marcas que não se igualam no mercado, mostrando o nosso diferencial”, disse. “Mas nada impede que [a conversa] seja retomada. Temos um grupo de investidores, o Leisure Group, que é muito forte”, acrescentou.

Se Brasil é inviável no momento, o Caribe, no entanto, sempre terá mercado para explorar. Até o fim do ano serão abertos resorts em Punta Cana, Montego Bay, na Jamaica, e um no México.

Em 2016, Neves percebe que o brasileiro deixou o medo do dólar a R$ 4 para trás e passou a investir mais em viagens para o Exterior. O nicho de casamentos, segundo ele, tem superado as expectativas e se posicionado entre os nichos de maior comercialização entre agências e operadoras de viagens.

Embora não tenha números fechados, a AM Resorts que, inclusive, tem dois anos e meio de Brasil, espera uma alta expressiva de embarques com a promoção de 50% na hospedagem para qualquer resort até 24 de outubro e com a viagem programada para 22 de dezembro.

Ney Neves salienta que Sunscape em Curaçao é o número um de vendas para o Brasil, representando 53% do total. “Recentemente, o hotel ganhou a bandeira brasileira no mastro. É o primeiro da marca a alcançar [esse efeito]”, riu.

Com presença massiva no Sudeste e Sul, a AM Resorts ainda tem muito para crescer no País, adiantou Neves. Perguntado se é fácil vender o produto no Brasil, ele é enfático: “temos feito um trabalho de formiguinha. O Brasil é vasto, muito grande e leva tempo para ‘pegar’ a marca.”

Em busca de novas parcerias, o gerente revela conversas com a Abracorp para fisgar o público Mice. Logo, então, deve surgir alguma novidade.