ES: ônibus não circulam hoje em Vitória por insegurança
Devido à falta de policiamento nas ruas e à insegurança instaurada desde a paralisação de familiares de policiais militares, que impedem a saída de viatura dos quartéis e batalhões, o Sindicado dos Rodoviários do Espírito Santo a
Devido à insegurança que toma conta do estado de Espírito Santo nos últimos dias, ocasionada pela falta de policiamento nas ruas, os ônibus da região metropolitana de Vitória devem ficar estacionados hoje (8), prejudicando a circulação da capital capixaba. Desde o início da mobilização de parentes de policiais militares, que impedem a saída de viaturas dos batalhões desde sexta (3) reivindicando melhores salários aos familiares que trabalham na força policial da cidade, o caos tem tomado as ruas do Estado, com um aumento expressivo nos índices de homicídio e crimes contra a propriedade.
A decisão foi comunicada pelo Sindicato dos Rodoviários do Espírito Santo (Sindrodoviários), informando que a diretoria da entidade decidiu pela suspensão das atividades de transporte de passageiros até que a segurança seja plenamente restabelecida. Segundo o presidente do sindicato, Edson da Fonseca Bastos, o órgão havia autorizado que parte da frota funcionasse nesta terça (7), mas devido à violência registrada ontem contra rodoviários, os motoristas não devem voltar ao trabalho.
“Visando a atender aos usuários do sistema, (o sindicato) convocou a categoria para retornar ao trabalho nesta data (7), mas não obstante a presença de policiais do Exército nos terminais de passageiros, os trabalhadores rodoviários continuam sendo vítimas de agressões físicas, assaltos e ameaças de morte por parte de criminosos e assaltantes”, disse Bastos, na nota.
A decisão, segundo post de Bastos no Facebook, não foi aceita por todos os rodoviários, que temem corte do pagamento do dia. “Como prometido para segurança de todos nesse dia de hoje não rodou ônibus nenhum, mas estou sendo surpreendido com alguns telefonemas de rodoviários preocupados com corte do dia; nesse momento não posso pensar em dia e sim em preservar a integridade física dos rodoviários”, afirmou o presidente do sindicado em post na rede social, na manhã desta quarta; “em caso de cortes do dia lutaremos pelos nossos direitos, pois o motivo de não estarmos trabalhando não é de nossa responsabilidade e sim pela falta de segurança”, finalizou.
Os protestos tiveram início na última sexta, quando parentes de policiais militares se reuniram em frente à 6ª Companhia, no bairro de Feu Rosa, no município da Serra, na Grande Vitória, e bloquearam a saída de viaturas. Entre as reivindicações estão o reajuste salarial, o pagamento de auxílio-alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno aos policiais.
Após o início dos protestos na capital espírito-santense, a paralisação se estendeu por todo estado, e segundo a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo, a mobilização já atinge todos os batalhões e quartéis do estado.
INSEGURANÇA EM OUTRAS ÁREAS
Além do setor rodoviário, outros serviços também estão sendo prejudicados pela falta de policiamento nas ruas: pelo terceiro dia consecutivo, a prefeitura de Vitória suspendeu a volta às aulas na rede municipal e o atendimento nas unidades de saúde da capital capixaba.
O expediente nas repartições municipais também foi suspenso, e segundo comunicado da prefeitura, a decisão visa a manter a integridade das famílias e dos servidores neste momento de instabilidade.
"Após acompanhar cuidadosamente os últimos acontecimentos, ainda não se reconstituiu o ambiente que garanta a plena segurança e mobilidade de servidores, população e suas famílias. Por isso, infelizmente, é necessário suspender novamente todas as atividades da prefeitura", afirmou o prefeito de Vitória, Luciano Rezende.
A região metropolitana de Vitória chegou a receber auxílio do exército, com mil homens das Forças Armadas e 200 da Força Nacional patrulhando as ruas para reforçar a segurança da região, mas mesmo assim a maior parte do comércio está fechada, e o movimento de carros e pessoas nas ruas na capital capixaba é pequeno, já que a orientação das autoridades é que a população evite sair de casa.
PROTESTO DE MORADORESMoradores fizeram um protesto ontem em frente ao quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Espírito Santo em Maruípe, na região central de Vitória, pedindo a volta dos policiais militares. Os manifestantes se posicionaram contra a presença dos familiares em frente ao batalhão, e cobram a volta do patrulhamento nas ruas da cidade.
Os militares do exército, que desde segunda buscam reforçar a segurança do estado, tiveram que impedir o confronto entre os manifestantes e os familiares dos policiais, liberando o trânsito na Avenida Maruípe, que havia sido interditada pelos moradores após atearem fogo a pneus.
A decisão foi comunicada pelo Sindicato dos Rodoviários do Espírito Santo (Sindrodoviários), informando que a diretoria da entidade decidiu pela suspensão das atividades de transporte de passageiros até que a segurança seja plenamente restabelecida. Segundo o presidente do sindicato, Edson da Fonseca Bastos, o órgão havia autorizado que parte da frota funcionasse nesta terça (7), mas devido à violência registrada ontem contra rodoviários, os motoristas não devem voltar ao trabalho.
“Visando a atender aos usuários do sistema, (o sindicato) convocou a categoria para retornar ao trabalho nesta data (7), mas não obstante a presença de policiais do Exército nos terminais de passageiros, os trabalhadores rodoviários continuam sendo vítimas de agressões físicas, assaltos e ameaças de morte por parte de criminosos e assaltantes”, disse Bastos, na nota.
A decisão, segundo post de Bastos no Facebook, não foi aceita por todos os rodoviários, que temem corte do pagamento do dia. “Como prometido para segurança de todos nesse dia de hoje não rodou ônibus nenhum, mas estou sendo surpreendido com alguns telefonemas de rodoviários preocupados com corte do dia; nesse momento não posso pensar em dia e sim em preservar a integridade física dos rodoviários”, afirmou o presidente do sindicado em post na rede social, na manhã desta quarta; “em caso de cortes do dia lutaremos pelos nossos direitos, pois o motivo de não estarmos trabalhando não é de nossa responsabilidade e sim pela falta de segurança”, finalizou.
Os protestos tiveram início na última sexta, quando parentes de policiais militares se reuniram em frente à 6ª Companhia, no bairro de Feu Rosa, no município da Serra, na Grande Vitória, e bloquearam a saída de viaturas. Entre as reivindicações estão o reajuste salarial, o pagamento de auxílio-alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno aos policiais.
Após o início dos protestos na capital espírito-santense, a paralisação se estendeu por todo estado, e segundo a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo, a mobilização já atinge todos os batalhões e quartéis do estado.
INSEGURANÇA EM OUTRAS ÁREAS
Além do setor rodoviário, outros serviços também estão sendo prejudicados pela falta de policiamento nas ruas: pelo terceiro dia consecutivo, a prefeitura de Vitória suspendeu a volta às aulas na rede municipal e o atendimento nas unidades de saúde da capital capixaba.
O expediente nas repartições municipais também foi suspenso, e segundo comunicado da prefeitura, a decisão visa a manter a integridade das famílias e dos servidores neste momento de instabilidade.
"Após acompanhar cuidadosamente os últimos acontecimentos, ainda não se reconstituiu o ambiente que garanta a plena segurança e mobilidade de servidores, população e suas famílias. Por isso, infelizmente, é necessário suspender novamente todas as atividades da prefeitura", afirmou o prefeito de Vitória, Luciano Rezende.
A região metropolitana de Vitória chegou a receber auxílio do exército, com mil homens das Forças Armadas e 200 da Força Nacional patrulhando as ruas para reforçar a segurança da região, mas mesmo assim a maior parte do comércio está fechada, e o movimento de carros e pessoas nas ruas na capital capixaba é pequeno, já que a orientação das autoridades é que a população evite sair de casa.
PROTESTO DE MORADORESMoradores fizeram um protesto ontem em frente ao quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Espírito Santo em Maruípe, na região central de Vitória, pedindo a volta dos policiais militares. Os manifestantes se posicionaram contra a presença dos familiares em frente ao batalhão, e cobram a volta do patrulhamento nas ruas da cidade.
Os militares do exército, que desde segunda buscam reforçar a segurança do estado, tiveram que impedir o confronto entre os manifestantes e os familiares dos policiais, liberando o trânsito na Avenida Maruípe, que havia sido interditada pelos moradores após atearem fogo a pneus.
*Fonte: Agência Brasil