Fernando Chirotto   |   05/08/2010 14:02

SNA: "Para Gol, R$ 2 mi é maço de cigarro para fumantes"

"Uma carteira de cigarro para quem fuma”. É assim que o diretor de Segurança de Voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Carlos Camacho, definiu a multa aplicada à Gol pela a Anac, que pune a aérea pelos atrasos e cancelamentos de voos ocorridos nos últimos dias.

"Uma carteira de cigarro para quem fuma”. É assim que o diretor de Segurança de Voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Carlos Camacho, definiu a multa aplicada à Gol pela Anac, que pune a aérea pelos atrasos e cancelamentos de voos ocorridos nos últimos dias.

“Depois de tudo, a Anac ‘apaga o fogo’. No entanto, ela deveria ter colocado seus inspetores na Gol antes da mudança de escalas. Creio que ela é a responsável por tudo, visto que é o poder concedente, que dá as frequências às companhias, as quais nem sempre conseguem administrar suas malhas”, criticou Camacho, classificando ainda a atuação da Anac como “uma forma irresponsável de regular o setor”.

A Anac, por sua vez, afirmou que vinha fiscalizando a malha da Gol nos últimos dias, a qual não demonstrava nenhum tipo de problema. “Todos os dados mostram que a situação da malha aérea da Gol era normal até o dia 30 de julho de 2010, sem nenhum indicativo de atrasos ou cancelamentos. A quantidade de tripulantes da Gol cresceu em julho, com relação a junho: foram mais 42 comandantes, 128 copilotos e 153 comissários. Os voos fretados no fim de semana de 31 de julho/1º de agosto foram menores: 130 fretamentos ante 145 do fim de semana anterior. Os números levam a crer que de fato houve um problema no software que calcula a jornada de trabalho da tripulação, como relatou a empresa”, explicou o órgão em comunicado oficial.

Camacho, no entanto, volta a afirmar que os atrasos e cancelamentos ocorridos foram uma forma de a Gol solucionar o problema criado pela troca de escala, o que, segundo ele, pode acontecer com outras companhias. “Todas as companhias estão sujeitas a estes problemas, sem exceção. A Gol tentou ajustar a organização entre colaboradores versus malha versus voos, fazendo este tripé, o que acabou implicando em atrasos e cancelamentos”, explicou. “A Tam, por exemplo, já esteve muito perto de um problema destes, até trocar sua direção operacional, o que melhorou a gestão”, opinou.

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