CEO da Iata lista desafios da aviação nos próximos 20 anos
O diretor geral e CEO da Iata, Tony Tyler, em seu discurso na abertura do Simpósio Mundial de Passageiros, em Hamburgo, na Alemanha, convocou a indústria para trabalhar unida, incluindo no approach com os acionistas, de forma a conseguir acomodar a esperada oferta dobrada de demanda em 20 anos
O diretor geral e CEO da Iata, Tony Tyler, em seu discurso na abertura do Simpósio Mundial de Passageiros, em Hamburgo, na Alemanha, convocou a indústria para trabalhar unida, incluindo no approach com os acionistas, de forma a conseguir acomodar a esperada oferta dobrada de demanda nos próximos 20 anos. Segundo ele, é preciso manter a dedicação da indústria à segurança do passageiro e da viagem, além da necessidade de atender aos desejos dos clientes por sustentabilidade ambiental e experiências prazerosas a bordo, com eficiência e diversidade de opções.
Criada há 70 anos por 57 empresas aéreas, em Cuba, a Iata comemora os bons resultados globais de 2015. A demanda está em alta e os preços dos combustíveis caíram significativamente, segundo Tyler. Algumas empresas, porém, lutam com a desvalorização da moeda de seus países em relação ao dólar americano. A expectativa é que a indústria feche 2015 com lucro de US$ 29,3 bilhões, de uma receita total de US$ 727 bilhões. A margem neta de 4% deve gerar um retorno de capital de 7,5% para os acionistas.
“Recuperar o custo do capital é a performance mínima exigida em qualquer indústria. Por isso, não devemos pedir desculpas por obtermos margem neta de 4%. Suspeito que os investidores vão querer mais que isso depois de tantos anos de destruição do valor das ações”, disse o presidente da Iata, cujas associadas transportarão 3,5 bilhões de passageiros este ano, número esperado para mais que dobrar em 20 anos.
EXPECTATIVA DO CLIENTE
A segurança técnica da aeronave e a segurança do voo em relação ao terrorismo e outros ataques são, segundo Tony Tyler, as principais demandas do cliente. “Conseguimos fazer a aviação a forma mais segura de transporte em longa distância que jamais conhecemos. Todos os dias cerca de 100 mil voos operam com segurança”. Ainda de acordo com ele, quando há tragédias como as recentes da Malaysia Airlines e da Germanwings, a indústria rapidamente se une para buscar soluções.
Já a questão da segurança do voo pós 11 de setembro, segundo Tyler, muitas vezes esbarra em questões como conveniência e eficiência. “Essa é uma área em que os passageiros esperam que melhoremos”.
A falta de padrões de segurança em todo o mundo e as críticas aos pontos de inspeção nos aeroportos são etapas que a Iata devem ser temas abordados com urgência. “Os governos deveriam nos ver como parceiros, mas sempre nos deixam de fora das decisões”.
“Uma coisa é certa: não poderemos acomodar esse aumento de passageiros usando os processos e procedimentos de hoje sem que se aumente a inconveniência para os passageiros e a perda de produtividade nos aeroportos”, afirmou Tyler.
INFRAESTRUTURA E NDC
Tony Tyler destacou em seu discurso os gargalos de infraestrutura do setor. “Nosso progresso nessa área é misto: enquanto em áreas como a Coreia do Sul, China e na região do Golfo governos entenderam a importância da infraestrutura, em outras é o oposto”.
O presidente da Iata revelou, ainda, que 24 empresas aéreas estão testando pilotos ou implementações do NDC, o novo sistema de reservas, que oferecerá às agências uma plataforma de vendas similar ao que se vê hoje em um site das próprias empresas aéreas.
Com o NDC, a Iata vai implementar também o One Order, iniciativa que visa modernizar os múltiplos e rígidos métodos de reserva, emissão, entrega e contabilidade, substituindo-os por um processo único e flexível de gerenciamento. “O conceito é termos um único arquivo com todos os elementos necessários (dados do passageiro) para o ciclo da viagem”, explica Tyler. “Os passageiros não terão de acessar diversos números e documentos, o que facilitará a operação e cooperação entre as aéreas”.
Criada há 70 anos por 57 empresas aéreas, em Cuba, a Iata comemora os bons resultados globais de 2015. A demanda está em alta e os preços dos combustíveis caíram significativamente, segundo Tyler. Algumas empresas, porém, lutam com a desvalorização da moeda de seus países em relação ao dólar americano. A expectativa é que a indústria feche 2015 com lucro de US$ 29,3 bilhões, de uma receita total de US$ 727 bilhões. A margem neta de 4% deve gerar um retorno de capital de 7,5% para os acionistas.
“Recuperar o custo do capital é a performance mínima exigida em qualquer indústria. Por isso, não devemos pedir desculpas por obtermos margem neta de 4%. Suspeito que os investidores vão querer mais que isso depois de tantos anos de destruição do valor das ações”, disse o presidente da Iata, cujas associadas transportarão 3,5 bilhões de passageiros este ano, número esperado para mais que dobrar em 20 anos.
EXPECTATIVA DO CLIENTE
A segurança técnica da aeronave e a segurança do voo em relação ao terrorismo e outros ataques são, segundo Tony Tyler, as principais demandas do cliente. “Conseguimos fazer a aviação a forma mais segura de transporte em longa distância que jamais conhecemos. Todos os dias cerca de 100 mil voos operam com segurança”. Ainda de acordo com ele, quando há tragédias como as recentes da Malaysia Airlines e da Germanwings, a indústria rapidamente se une para buscar soluções.
Já a questão da segurança do voo pós 11 de setembro, segundo Tyler, muitas vezes esbarra em questões como conveniência e eficiência. “Essa é uma área em que os passageiros esperam que melhoremos”.
A falta de padrões de segurança em todo o mundo e as críticas aos pontos de inspeção nos aeroportos são etapas que a Iata devem ser temas abordados com urgência. “Os governos deveriam nos ver como parceiros, mas sempre nos deixam de fora das decisões”.
“Uma coisa é certa: não poderemos acomodar esse aumento de passageiros usando os processos e procedimentos de hoje sem que se aumente a inconveniência para os passageiros e a perda de produtividade nos aeroportos”, afirmou Tyler.
INFRAESTRUTURA E NDC
Tony Tyler destacou em seu discurso os gargalos de infraestrutura do setor. “Nosso progresso nessa área é misto: enquanto em áreas como a Coreia do Sul, China e na região do Golfo governos entenderam a importância da infraestrutura, em outras é o oposto”.
O presidente da Iata revelou, ainda, que 24 empresas aéreas estão testando pilotos ou implementações do NDC, o novo sistema de reservas, que oferecerá às agências uma plataforma de vendas similar ao que se vê hoje em um site das próprias empresas aéreas.
Com o NDC, a Iata vai implementar também o One Order, iniciativa que visa modernizar os múltiplos e rígidos métodos de reserva, emissão, entrega e contabilidade, substituindo-os por um processo único e flexível de gerenciamento. “O conceito é termos um único arquivo com todos os elementos necessários (dados do passageiro) para o ciclo da viagem”, explica Tyler. “Os passageiros não terão de acessar diversos números e documentos, o que facilitará a operação e cooperação entre as aéreas”.