Artur Luiz Andrade   |   17/06/2015 17:28

EXCLUSIVO: SAA fala de planos no Brasil e mundo

O chefe global de Vendas e Alianças da SAA, Louis du Plessis, baseado em Johanesburgo, e o vice-presidente executivo para a América do Norte, que fica em Fort Lauderdale, na Flórida, vieram ao Brasil uma semana após o anúncio da saída de três diretores/gerentes da base da companhia no País

O chefe global de Vendas e Alianças da SAA, Louis du Plessis, baseado em Johanesburgo, e o vice-presidente executivo para a América do Norte, Marc S. Cavaliere, que fica em Fort Lauderdale, na Flórida, vieram ao Brasil uma semana após o anúncio da saída de três diretores/gerentes da base da companhia no País: Nelson Oliveira, country manager, Jairo Ribeiro, gerente de Aeroporto, e Vitor Correa, gerente financeiro.

Os executivos receberam a reportagem do Portal PANROTAS com exclusividade, e contaram os planos no Brasil e na África, os resultados do plano emergencial de 90 dias recém-terminado e de como está o projeto de longo prazo lançado há pouco mais de dois anos para transformar o futuro da empresa.

Eles não quiseram entrar em detalhes sobre a saída dos três funcionários, mas disseram que haverá uma sinergia maior entre o Brasil e a diretoria das Américas, comandada por Cavaliere. “Preferimos olhar para frente e o Brasil passará a responder para a base nos Estados Unidos, como já aconteceu há alguns anos. Vamos aproveitar essa mudança e olhar para as oportunidades que se abriram, para novas práticas que serão benéficas e até mais econômicas para a companhia, mesmo não tendo sido esse o objetivo da troca no Brasil. Espero que em um mês tenhamos o nome do novo chefe do mercado brasileiro”, disse o VP para as Américas. Cavaliere, aliás, é conhecido no Brasil por ter dirigido a Pan Am no fim dos anos 1980 e começo da década de 1990. Também foi da TWA e da Braniff.

Enquanto não há definição sobre o novo country manager, Altamiro Médici, em Vendas (Altamiromedici@Flysaa.com), Flávia Romani, no Marketing (FlaviaRomani@flysaa.com ) e Ricardo Cano em reservas e customer service (ricardocano@flysaa.com), se reportam diretamente a Cavaliere.

VOOS NO BRASIL
Segundo Louis du Plessis, depois da crise provocada pelo ebola, especialmente com a falta de informação e de noção do tamanho do continente africano, os mercados começam a reagir e o fluxo de passageiros a se normalizar nos voos da SAA, especialmente no Sul da África.

No Brasil, porém, a crise econômica de 2015 levou a empresa a diminuir as frequências de 11 para dez semanais e é possível que ainda sejam cortados dois voos até o final do ano. “É uma questão financeira mesmo, mas sabemos que passageira. Ainda queremos ter dois voos diários semanais a partir do Brasil, um mercado com quem temos relação de longo prazo e que mostra muito bons resultados para nossos voos para Joanesburgo e além da África do Sul, especialmente Sul da África e Ásia”, explicou. Segundo o gerente de Vendas, Altamiro Médici, 40% dos passageiros ficam na África do Sul e 60% seguem para destinos na Ásia, ilhas no Índico, como Maurício e Seychelles, e Austrália.

PARCERIAS
Louis du Plessis destacou a parceria com a Tam no Brasil e a crescente aproximação com a Avianca Brasil, que entra em julho para a Star Alliance, mesma aliança da SAA.

No Exterior, a aliança com a Etihad foi destacada e citada pelos executivos como modelo a ser seguido. A SAA iniciou voo para Abu Dhabi e de lá seus passageiros seguem para a Índia com a companhia árabe. Outros destinos também são servidos pela parceria.

Mas sobre um possível investimento da Etihad na SAA, Du Plessis disse que não vê chances a curto prazo, pois o governo sul-africano não estaria preparado para dividir a gestão da companhia aérea. E sem a participação na gestão, ninguém quer investir quantias altas em uma empresa.

90 DIAS
De acordo com o chefe de Vendas e Alianças, depois de um desvio na rota do plano de longo prazo desenhado para o futuro da empresa, o plano de 90 dias conseguiu bons resultados, especialmente no corte de custos, retirando rotas deficitárias e buscando parcerias como a da Etihad.

A conquista de dois prêmios na Skytrax esta semana (e mais um para sua low cost, a Mango) foram comemorados pelos executivos como um símbolo da volta aos trilhos. A empresa agora estuda que aviões de longo curso vai encomendar para substituir os caros A340, de quatro turbinas, e já desenha uma nova classe executiva.

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