Antonio Azevedo responde Schultz no Facebook; leia
O presidente da Abav Nacional, Antonio Azevedo, acaba de enviar ao presidente do Grupo Schultz, Aroldo Schultz, mensagem direta via Facebook sobre a recente discussão envolvendo a entidade e o empresário, que iniciou debate afirmando que a Abav é “submissa” na briga pelos agentes de viagens.
O presidente da Abav Nacional, Antonio Azevedo, acaba de enviar ao presidente do Grupo Schultz, Aroldo Schultz, mensagem direta via Facebook sobre a recente discussão envolvendo a entidade e o empresário, que iniciou debate afirmando que a Abav é “submissa” na briga pelos agentes de viagens. Após a manifestação, a vice-presidente da Abav-PA, Rose Larrat, enviou carta ao Portal PANROTAS defendendo a associação e desafiando Aroldo Schultz a se candidatar à presidência da Abav Nacional, para conferir de perto os problemas da entidade.
Nas redes sociais o debate também é quente, com opiniões, críticas e elogios para os dois lados da história.
Azevedo usou seu direito de resposta para esclarecer pontos que considera ter sido interpretados de forma “equivocada”, além de reafirmar posicionamentos que foram citados em seu artigo sobre o papel das entidades de turismo. Confira abaixo o texto na íntegra.
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“Como se dirigiu a mim em post publicado em sua página pessoal, me sinto inteiramente à vontade em respondê-lo utilizando o mesmo canal. Com minhas considerações, espero esclarecer também os agentes de viagens que aqui se manifestaram, muito provavelmente embasados na equivocada leitura que você fez do meu artigo, marcadamente quando me acusa de atribuir ao agente de viagens o “mero” papel de intermediário, quando o que pregamos é precisamente o contrário.
Lutamos pela legalização da nossa atividade por 13 anos justamente para fazer valer nossos diferenciais na cadeia produtiva; para que profissionais sérios, qualificados e legalmente constituídos não pudessem mais ser confundidos pelo mercado com os oportunistas de ocasião. E se alcançamos nosso objetivo, foi porque tivemos um reconhecimento formal do nosso diferencial e da nossa fundamental contribuição na cadeia de distribuição.
Desde então, tudo o que temos feito, por meio de ações pontuais, campanhas nacionais, pleitos aos setores público e privado, é fazer valer esse nosso sagrado e agora legalmente constituído direito de exercer nossa atividade com o devido respeito que merecemos – e mais, difundir isso de forma a que essa mensagem chegue ao mercado e principalmente ao consumidor final, como fizemos recentemente com o lançamento da Campanha de Valorização do Agente de Viagens, replicada nacionalmente por meio das nossas ABAVs estaduais. Vale lembrar também a atuação do ICCABAV com milhares de capacitações realizadas para os agentes de viagens, entre elas o Programa Proagencia.
Sobre as comissões relativas às vendas de passagens aéreas, também eu gostaria que elas continuassem, e lutei nas frentes de batalha lideradas pela ABAV, que mediante inúmeras ações judiciais conseguiu mantê-las por alguns anos adicionais. Mas não vou alongar-me nesta consideração, porque ela não é prerrogativa do mercado brasileiro, sendo uma questão global, que impacta agentes de viagens em todo o mundo, com o corte definitivo das comissões pelas companhias aéreas.
Mais desafiante do que atuar sob um novo modelo de remuneração – não mais APENAS viabilizada pela comissão paga pelo fornecedor – é conquistar um consumidor que hoje é soberano, recebe ofertas dos mais variados canais e quer ter a liberdade de comprar naquele que melhor lhe atender. E ainda que reconquistemos nosso direito à comissão pela venda intermediada, o consumidor continuará com o poder de escolha em diversos canais, inclusive os da compra direta na internet, e só recorrerá ao agente de viagens se houver valor agregado ao serviço ou produto que está comprando.
Esse é o discurso que a Abav tem mantido, e é para essa realidade que a associação tem chamado a atenção dos seus associados, para que eles possam se planejar e adequar seu atendimento ao maior número possível de canais que puderem. Assim seremos eficientes e competitivos.
Não se trata de jogar a toalha ou entregar o jogo, pois diariamente atuamos e batalhamos de forma voluntária, e sem qualquer remuneração, em prol de nossa classe. Afinal também sou agente de viagens ativo há quase 30 anos e continuo acreditando que se queremos uma entidade forte, temos que participar e colaborar e não apenas criticar. Tenho a minha consciência tranquila de que tenho me dedicado e buscado realizar na ABAV o que de melhor estiver ao nosso alcance. Mas você me conhece e sabe que sou pragmático e realista, e como tal não gosto de inventar fantasias e nem vender ilusões. O que precisamos nesse momento é de entidades unidas e associados participativos.
Consideramos todos os posicionamentos, inclusive e principalmente os que são contrários aos nossos. Mas ameaças, críticas infundadas e ofensas à entidade não me parecem contribuições à categoria.
A Abav tem consciência do que é e representa há mais de 60 anos, e quem acredita na atividade e - assim como nós – trabalha por ela, está e continuará conosco.”
Antonio Azevedo
Nas redes sociais o debate também é quente, com opiniões, críticas e elogios para os dois lados da história.
Azevedo usou seu direito de resposta para esclarecer pontos que considera ter sido interpretados de forma “equivocada”, além de reafirmar posicionamentos que foram citados em seu artigo sobre o papel das entidades de turismo. Confira abaixo o texto na íntegra.
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Schultz critica Abav: “submissa” na defesa dos agentes
Agente de viagens desafia Schultz a presidir a Abav
Presidente da Abav comenta sobre papel das entidades
“Como se dirigiu a mim em post publicado em sua página pessoal, me sinto inteiramente à vontade em respondê-lo utilizando o mesmo canal. Com minhas considerações, espero esclarecer também os agentes de viagens que aqui se manifestaram, muito provavelmente embasados na equivocada leitura que você fez do meu artigo, marcadamente quando me acusa de atribuir ao agente de viagens o “mero” papel de intermediário, quando o que pregamos é precisamente o contrário.
Lutamos pela legalização da nossa atividade por 13 anos justamente para fazer valer nossos diferenciais na cadeia produtiva; para que profissionais sérios, qualificados e legalmente constituídos não pudessem mais ser confundidos pelo mercado com os oportunistas de ocasião. E se alcançamos nosso objetivo, foi porque tivemos um reconhecimento formal do nosso diferencial e da nossa fundamental contribuição na cadeia de distribuição.
Desde então, tudo o que temos feito, por meio de ações pontuais, campanhas nacionais, pleitos aos setores público e privado, é fazer valer esse nosso sagrado e agora legalmente constituído direito de exercer nossa atividade com o devido respeito que merecemos – e mais, difundir isso de forma a que essa mensagem chegue ao mercado e principalmente ao consumidor final, como fizemos recentemente com o lançamento da Campanha de Valorização do Agente de Viagens, replicada nacionalmente por meio das nossas ABAVs estaduais. Vale lembrar também a atuação do ICCABAV com milhares de capacitações realizadas para os agentes de viagens, entre elas o Programa Proagencia.
Sobre as comissões relativas às vendas de passagens aéreas, também eu gostaria que elas continuassem, e lutei nas frentes de batalha lideradas pela ABAV, que mediante inúmeras ações judiciais conseguiu mantê-las por alguns anos adicionais. Mas não vou alongar-me nesta consideração, porque ela não é prerrogativa do mercado brasileiro, sendo uma questão global, que impacta agentes de viagens em todo o mundo, com o corte definitivo das comissões pelas companhias aéreas.
Mais desafiante do que atuar sob um novo modelo de remuneração – não mais APENAS viabilizada pela comissão paga pelo fornecedor – é conquistar um consumidor que hoje é soberano, recebe ofertas dos mais variados canais e quer ter a liberdade de comprar naquele que melhor lhe atender. E ainda que reconquistemos nosso direito à comissão pela venda intermediada, o consumidor continuará com o poder de escolha em diversos canais, inclusive os da compra direta na internet, e só recorrerá ao agente de viagens se houver valor agregado ao serviço ou produto que está comprando.
Esse é o discurso que a Abav tem mantido, e é para essa realidade que a associação tem chamado a atenção dos seus associados, para que eles possam se planejar e adequar seu atendimento ao maior número possível de canais que puderem. Assim seremos eficientes e competitivos.
Não se trata de jogar a toalha ou entregar o jogo, pois diariamente atuamos e batalhamos de forma voluntária, e sem qualquer remuneração, em prol de nossa classe. Afinal também sou agente de viagens ativo há quase 30 anos e continuo acreditando que se queremos uma entidade forte, temos que participar e colaborar e não apenas criticar. Tenho a minha consciência tranquila de que tenho me dedicado e buscado realizar na ABAV o que de melhor estiver ao nosso alcance. Mas você me conhece e sabe que sou pragmático e realista, e como tal não gosto de inventar fantasias e nem vender ilusões. O que precisamos nesse momento é de entidades unidas e associados participativos.
Consideramos todos os posicionamentos, inclusive e principalmente os que são contrários aos nossos. Mas ameaças, críticas infundadas e ofensas à entidade não me parecem contribuições à categoria.
A Abav tem consciência do que é e representa há mais de 60 anos, e quem acredita na atividade e - assim como nós – trabalha por ela, está e continuará conosco.”
Antonio Azevedo