Karina Cedeño   |   04/03/2024 12:53

Fhoresp promoverá mobilização em defesa do PERSE em Brasília

Expectativa é reunir mais de 1 mil representantes das áreas de Turismo, Eventos, Hotelaria e Restaurantes


Divulgação
Edson Pinto, diretor executivo da Fhoresp
Edson Pinto, diretor executivo da Fhoresp

A Federação de Hotéis, Bares e Restaurantes do Estado de São Paulo (Fhoresp) estará em Brasília (DF), nesta semana, para mobilizar o segmento do Turismo no ato em defesa da manutenção do Programa Emergencial da Retomada do Setor de Eventos e Turismo (PERSE). Uma manifestação está prevista para as 10h desta terça-feira (5), no Plenário principal do Senado Federal. A expectativa é reunir mais de 1 mil representantes das áreas de Turismo, Eventos, Hotelaria, Bares e Restaurantes, como empresários e entidades sindicais e civis, tanto patronais como as de trabalhadores.

A Fhoresp se uniu à Frente Parlamentar Mista de Hotelaria Brasileira (FPhotel) e a outras frentes afins com o objetivo de sensibilizar o Congresso Nacional quanto à importância da continuidade do programa emergencial, bem como dos prejuízos, principalmente aos empregos, caso aconteça sua derrubada por parte do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo a Federação, o PERSE impulsiona setores responsáveis por mais de oito milhões de empregos e 7,6% do Produto Interno Bruto (PIB).

Para o diretor executivo da entidade, Edson Pinto, o movimento de amanhã é necessário e deve ser “histórico”. “Esta mobilização promete ser a maior de todos os tempos. Vamos demonstrar aos deputados federais e aos senadores, com dados reais, que o Palácio do Planalto quer acabar, simplesmente, com o maior programa federal de transação fiscal e de geração de postos de trabalho do Brasil. De cada dez empregos criados no País, somente em 2023, quatro foram na área de Turismo”, pontua.

De acordo com o dirigente, o segmento recuperou os níveis de faturamento registrados antes da pandemia de covid-19. Por outro lado, somente em 2020 e 2021, auge da crise sanitária, as perdas chegaram a 80%, em média. “Calculamos R$ 540 bilhões de prejuízo. O setor ainda está profundamente endividado com bancos públicos e privados. A recuperação é lenta e só será alcançada por meio da renúncia fiscal. Desta forma, acabar com o PERSE, agora, traria grandes prejuízos a muitos empresários do segmento. Portas vão baixar; postos de trabalho serão fechados. E não é isso que queremos”, reforça Edson Pinto.

Além do ato no Senado, a Fhoresp prevê visitas pontuais a Gabinetes de parlamentares análogos com o tema e com os setores envolvidos. As incursões estão previstas para quarta-feira (6) e quinta-feira (7).

Para acabar com o PERSE, o Ministério da Fazenda alega que o setor já se recuperou da pandemia de covid-19 e que há suspeitas de irregularidades nas adesões – argumentos veementemente rechaçados pelo empresariado. “Se existe alguma má utilização do PERSE, que se fiscalize e se apure, individualmente. O que não é razoável, nem justo, é punir um ramo todo só pela incapacidade de fiscalização da Receita Federal. Ela é quem deve flagrar quem está irregular e aplicar as sanções devidas. Nós até chegamos a comparar o PERSE com o Bolsa Família. Se houver fraude no Bolsa Família, por exemplo, também vão acabar com o programa de transferência de renda?”, questiona Edson Pinto, que também é presidente do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes de Osasco, Alphaville e Região (SinhoRes).

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