Artur Luiz Andrade   |   22/03/2021 19:03
Atualizada em 22/03/2021 19:09

HoteisRio quer compensação por fechamento da cidade por 10 dias

Isenção de impostos é uma das alternativas levantadas pelo sindicato de hotéis

Alfredo Lopes
Alfredo Lopes

O presidente do Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro (Hotéis Rio), Alfredo Lopes, se posicionou sobre as medidas restritivas que praticamente fecham a cidade do Rio por dez dias, entre 26/3 e 4/4, pegando exatamente a Semana da Páscoa. O objetivo é que as pessoas fiquem em casa (haverá feriados antecipados) e não considerem esses dez dias um megaferiado. A meta é diminuir a taxa de ocupação de leitos de UTI na cidade, que está em mais de 90%. Alfredo Lopes entende e aceita as medidas de saúde, mas pede contrapartida dos governos federal, estadual e municipal para compensar as perdas para o setor de Turismo.

Confira a fala de Alfredo Lopes na íntegra:

“Essas decisões foram tomadas, inclusive, neste caso específico, com base em dois conselhos científicos das duas maiores cidades do Estado (Rio de Janeiro e Niterói). Nada muito diferente do que aconteceu em outras cidades brasileiras. Nós estamos em uma situação extremíssima, sem vagas nas UTIs, sem oxigênio, sem remédios para intubação, então, não resta outra solução senão enfrentarmos esse novo fechamento das atividades.

A liberação dos hotéis ameniza o nosso setor, mas com a cidade fechada, não muda muito o cenário. Continuamos hospedando pessoas que estão embarcadas em plataformas e muitos profissionais de saúde, atuando como uma atividade fundamental neste momento. Estamos conscientes que vamos funcionar com ocupações muito baixas, e não poderia ser diferente.

Para isso, esperamos ter alguma contrapartida dos governos federal, estadual e municipal quanto à não cobrança de impostos ou uma postergação, já que dez dias em 30 dias é um terço de nossa receita. Mas, o mais importante agora é que todo esse esforço signifique uma queda nos casos de covid em nossa cidade”.

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